“Houve um problema de execução, inclusive do cartão, que, acredito eu,
possa ser resolvido em um curto espaço de tempo. Há um atraso nesse
programa, mas é justificável”, explicou o ministro.
A nova identidade é um cartão magnético, com impressão digital e chip
eletrônico, que incluirá informações como nome, sexo, data de
nascimento, foto, filiação, naturalidade e assinatura, entre outros
dados. A estimativa do Ministério da Justiça é que a substituição da
carteira de identidade seja feita ao longo de dez anos.
De acordo com Cardozo, o RIC estava sendo implementado pelo
ex-secretário executivo Luiz Paulo Barreto. Com a troca de comando da
secretaria, o programa passará a ser responsabilidade da nova secretária
executiva, Márcia Pelegrini, empossada ontem (9). “É um programa
complexo, conta com a necessidade de uma pactuação com os estados. Ele
[o projeto] andou, mas acho que ainda falta muito.”
Em dezembro de 2010, além da cerimônia de lançamento, foram veiculadas
campanhas publicitárias em rede nacional de rádio e TV. O objetivo, na
época, era implantar o projeto piloto em Brasília, Salvador, Hidrolândia
(GO), Nísia Floresta (RN), Rio Sono (TO), no Rio de Janeiro e na Ilha
de Itamaracá (PE).
Os moradores dessas cidades, contemplados na etapa inicial, seriam
escolhidos aleatoriamente e receberiam uma carta indicando a
possibilidade de troca do RG pelo RIC. Pelo menos 125 mil pessoas
receberiam o RIC nessa primeira etapa. Segundo o ministério, o
investimento no primeiro ano alcançaria cerca de R$ 90 milhões.
“Pedimos um relatório atualizado para que, diante da saída do Luiz
Paulo Barreto, possamos tomar pé da situação e fixarmos um cronograma
bastante rígido. Vamos esperar esse relatório para vermos que medidas
poderemos tomar”, disse o ministro da Justiça.
De acordo com Cardozo, ainda não há previsão para a implantação total
do programa nem para a troca das cédulas da carteira de identidade pelo
RIC.
Daniella Jinkings
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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