Obrigada, Déda
É Déda. Não somos senhores do nosso destino. A vida é de Deus e Ele a
afina para tocar com o diapasão que Ele mesmo fabrica. De acordo com os
seus planos e objetivos. Cabe a cada um de nós, pobres mortais, apenas
ter fé. Orar. Acreditar sempre Nele – independente da situação. Estarmos
conscientes da única verdade: Deus sabe tudo, e não sabemos nada.
Vivemos pela sua graça e misericórdia. Só os tolos não admitem.
Cuidemos, então, de executar da melhor forma possível a missão que Ele
nos destina. Ele sabe tanto que somos falhos que escolheu nos salvar,
não por obras, mas pela sua graça. Glória a Deus…
… Mas, Déda, quero usar estas linhas para lhe agradecer. Obrigado,
Déda. Enquanto muitos políticos se acham estrelas, verdadeiros
Cristianos Ronaldos, no momento que são abordados por um jornalista em
busca de uma simples entrevista, esnobam mesmo, você nunca se furtou por
máscara. Ou se escondeu por medo. Ainda que fosse para repercutir
críticas ao seu governo vindas de adversários, você sempre foi
receptivo, e atendeu a este jornalista com um sorriso nos lábios e um
cumprimento carinhoso. A retórica ímpar não deixou nunca um adversário
sem resposta. Às vezes falou antes do Flamengo, para quebrar o gelo.
Aliás, somos tri campeões da Copa do Brasil…
Mas obrigado também, Déda, porque, enquanto muitos políticos não
acreditavam na Internet, você fez o contrário: despachou por emails e
criou uma conta no Twitter, valorizando, assim, rede, sites, blogs.
O Universo Político.com, e este jornalista não seriam os mesmos num
estado cujo governador só desse importância às mídias antigas…
Nos últimos anos, antes da provação que a vida lhe impôs, cruzei com
Déda pelo menos duas vezes a cada mês. Além das entrevistas, quebrei o
protocolo algumas vezes – algo que, dificilmente outro governador
permitiria. Além de chamá-lo de Déda, quebrando a cultura de só chamar o
chefe do executivo de governador, tomei a liberdade de oferecer-me para
orar nele, quando a doença se manifestou. De pronto, Déda se levantou,
fechou os olhos e permitiu que eu tomasse suas mãos e colocasse a minha
mão sobre a sua cabeça para orar. Orei em voz alta. Coisa de cristão. E
ele acompanhou tudo dizendo amém a cada palavra. Pô! Estava ali eu um
jornalista orando num governador, tendo entre outras pessoas o
secretário chefe da Casa Civil, Silvio Santos, como testemunha. Fiz meu
papel de cristão. Deus mandou, fui…
Lembro também quando “apostei” com o amigo Givaldo Ricardo, assessor
da Educação, que pediria o voto de Déda para Simone. E quebrei o
protocolo outra vez: “Déda, você sempre pede voto, agora eu é que lhe
peço”. E entreguei o santinho a ele. Déda fitou e disparou sorrindo:
“Simone Gois. Estou precisando falar com ela”. E guardou o santinho. São
pequenos gestos que tornam o ser humano grande…
… Orei e continuo orando por Déda e família. Até porque nunca
enxerguei neste deserto apenas o governador, mas o chefe de família, o
pai Marcelo Déda. O ser humano Déda antes de tudo. Mas, em meio às
orações, sempre temos que saber que a vontade de Deus é soberana.
Prevalece. E os seus planos nem sempre são os nossos. Estou triste.
Assim como todas as pessoas que aprenderam a lhe admirar. Mas como
cristão, jamais deixo de glorificar o nome de Deus em tudo.
Por Joedson Telles
Frase Inesquecível
"A
maior dor tem sido essa. Fazer a obra e não colher os sorrisos. No
fundo é o maior ordenado que eu tenho, é o sorriso na face dos
sergipanos. Hoje fiquem felizes todos, da oposição e do Governo, porque
os senhores semearam sorrisos. Sorrisos que eu não sei se vou colher,
mas quando forem colher, lembrem-se de mim”. Marcelo Déda.
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