Os pacientes com hepatite C deverão ter acesso, ainda este ano, a
novos medicamentos, mais modernos e eficientes, para o combate à doença A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta
terça-feira (06), o registro do medicamento daclatasvir, o primeiro de
uma série de três considerados inovadores no tratamento da doença. Os
outros dois - sofosbuvir, e simeprevir - também tramitam em regime de
prioridade na Agência, por pedido do Ministério da Saúde.
“Esse é o primeiro passo para que seja ofertado pelo Sistema Único
de Saúde (SUS) um dos tratamentos mais modernos do mundo contra a
hepatite C”, destacou o ministro da saúde, Arthur Chioro.
As evidências científicas apontam que os novos medicamentos
apresentam um percentual maior de cura (até 90%), tempo reduzido de
tratamento (passa das 48 semanas atuais para 12 semanas de tratamento) e
a vantagem do uso oral. Vale ressaltar que esses medicamentos também
podem ser utilizados em pacientes que aguardam ou já realizaram
transplante. São produtos de menor toxicidade, com menos efeitos
colaterais.
O Brasil será um dos primeiros a adotar essa nova tecnologia na rede
pública de saúde pública. A cada ano, cerca de 16 mil pessoas são
tratadas pela doença no SUS. A expectativa é que o novo tratamento
beneficie 60 mil pessoas nos próximos dois anos.
Antes de ser disponibilizados aos pacientes, os medicamentos devem
ser analisados pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias
(Conitec). A comissão garante a proteção do cidadão com relação ao uso e
eficácia do medicamento, por meio da comprovação da evidência clínica
consolidada e o custo-efetividade dos produtos. O Ministério da Saúde
solicita prioridade quando o medicamento apresenta interesse estratégico
para o SUS, por se tratar de tecnologia inovadora que proporciona
benefícios aos pacientes.
“Queremos fazer essa incorporação com o mesmo valor investido no
tratamento, ofertado atualmente aos pacientes com hepatite C. O valor
não irá representar aumento de gastos: ao contrário, há previsão de
economia a médio e longo prazo já que o novo tratamento reduzirá o
número de transplantes no país”, explicou o ministro.
Informações do Portal do MS (saude.gov.br)
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