sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Durante entrevista, Marcelo Déda convoca lideranças políticas para aprovação do Proinveste

Na manhã desta sexta-feira, 26, os sergipanos puderam escutar diretamente do governador Marcelo Déda as razões para a aprovação do empréstimo no valor de R$ 727 milhões em benefício de todo o estado. Por mais de duas horas, em entrevista ao radialista George Magalhães, nos estúdios da Megga FM, retransmitida por uma cadeia de emissoras de rádio em todo o estado, Déda convocou deputados estaduais, lideranças políticas da oposição e a população sergipana a aprovarem o programa Proinveste, explicando os investimentos que serão realizados com a carta de crédito proveniente do Governo Federal.

No decorrer da entrevista, Marcelo Déda convidou o governador em exercício, Jackson Barreto, o senador Eduardo Amorim, e o prefeito eleito João Alves Filho, para se unirem em favor de Sergipe.

“Sergipe só ganha quando nós nos unimos. É a nossa união que faz a nossa força. Cada obra realizada com o Proinveste tem a marca do governo Marcelo Déda e da oposição, porque o projeto de lei depende da aprovação deles. O Estado é do povo. O que peço é que não me tirem o direito de trabalhar para o meu povo, de ir buscar dinheiro para o meu estado. Quero fazer um convite a três personalidades que poderão disputar a eleição para Governo em 2014. Quero pedir autorização a Jackson Barreto, a Eduardo Amorim e a João Alves para que eu possa telefonar para a presidenta Dilma Rousseff e marcar uma audiência no gabinete dela, em Brasília, para que os líderes do governo e da oposição sergipana entreguem o protejo aprovado. Não quero ir sozinho entregar esse projeto, mas junto com Jackson, Amorim e João Alves e que nós todos digamos a presidenta que Sergipe briga na eleição, mas sabe unir seus líderes pelo futuro e desenvolvimento de Sergipe", argumentou o governador, que suspendeu o tratamento de quimioterapia para trabalhar pela aprovação da carta de crédito. 

Os novos recursos permitirão a execução do plano de investimentos 2012-2014, composto por uma ampla carteira de projetos estruturantes nas mais diversas áreas, como saúde, educação, logística, infraestrutura produtiva, habitação, saneamento ambiental, urbanismo e mobilidade urbana. Do total de R$ 1, 435 bilhão disponível para crédito, Sergipe irá utilizar R$ 727 milhões. Esse montante será distribuído para o Proinveste e para negociação de empréstimos anteriores (R$ 567 milhões) e para o financiamento de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa Minha Vida (R$ 160 milhões).

Prazo
Em sua explanação, Marcelo Déda justificou a necessidade da tramitação urgente do referido projeto no Poder Legislativo. Após sair da Assembleia Legislativa, o programa ainda precisará passar por mais duas aprovações em um curto espaço de tempo – no mínimo, três meses – para, enfim, atender ao prazo limite de contratação, que é 31 de janeiro. Como diversos outros Estados já saíram na frente, Sergipe corre o sério risco de perder os investimentos por falta de tempo hábil para a tramitação. “Não perdemos o prazo, mas a tramitação do projeto dura, em média, 90 dias, e o prazo final de assinatura do contrato é 31 de janeiro. Para que tenhamos condição de tramitar nesse prazo, considerando as festas de fim de ano, precisamos dessa aprovação. Após a aceitação na Assembleia, o projeto segue para a Secretaria do Tesouro Nacional, que envia para a Procuradoria Geral da República, para o Ministério da Fazenda e BNDES. Sergipe não pode ser o único estado do País a não pegar o empréstimo por fazer política com ódio, porque estão fazendo oposição ao estado de Sergipe e não a Marcelo Déda”, disse.

Déda lembrou, ainda, que a economia mundial vive um momento de tensão com a atual crise que assola a Europa e ressaltou os ganhos que investimentos em rodovias, saneamento, educação, saúde, turismo geram para a população. “O que vai acontecer com esse estado num período de crise econômica deixando de injetar na economia mais de R$ 700 milhões? Quando eu voltar sem o dinheiro para fazer a rodovia que liga Pirambu a Pacatuba, por exemplo, são R$ 47 milhões que não entram na economia. Deixamos de contratar uma construtora que irá movimentar os serviços de cimento, óleo, tratores, vai pagar ISS para os municípios, vai contratar operários etc. Esse dinheiro vai para as mercearias, onde o trabalhador de obra vai comprar feijão, vai para as lojas, onde a esposa desse trabalhador vai comprar um utensílio doméstico. Imagine o prejuízo para a indústria e para o comércio de um Estado que deixa de receber R$ 700 milhões durante uma crise econômica, além do benefício da obra que é indiscutível”, alertou.

Com Informações da Agência Sergipe de Notícias

Nenhum comentário:

Postar um comentário