Na manhã desta sexta-feira, 26, os sergipanos puderam escutar
diretamente do governador Marcelo Déda as razões para a aprovação do
empréstimo no valor de R$ 727 milhões em benefício de todo o estado. Por
mais de duas horas, em entrevista ao radialista George Magalhães, nos
estúdios da Megga FM, retransmitida por uma cadeia de emissoras de rádio
em todo o estado, Déda convocou deputados estaduais, lideranças
políticas da oposição e a população sergipana a aprovarem o programa
Proinveste, explicando os investimentos que serão realizados com a carta
de crédito proveniente do Governo Federal.
No decorrer da entrevista, Marcelo Déda convidou o governador em
exercício, Jackson Barreto, o senador Eduardo Amorim, e o prefeito
eleito João Alves Filho, para se unirem em favor de Sergipe.
“Sergipe só ganha quando nós nos unimos. É a nossa união que faz a
nossa força. Cada obra realizada com o Proinveste tem a marca do governo
Marcelo Déda e da oposição, porque o projeto de lei depende da
aprovação deles. O Estado é do povo. O que peço é que não me tirem o
direito de trabalhar para o meu povo, de ir buscar dinheiro para o meu
estado. Quero fazer um convite a três personalidades que poderão
disputar a eleição para Governo em 2014. Quero pedir autorização a
Jackson Barreto, a Eduardo Amorim e a João Alves para que eu possa
telefonar para a presidenta Dilma Rousseff e marcar uma audiência no
gabinete dela, em Brasília, para que os líderes do governo e da oposição
sergipana entreguem o protejo aprovado. Não quero ir sozinho entregar
esse projeto, mas junto com Jackson, Amorim e João Alves e que nós todos
digamos a presidenta que Sergipe briga na eleição, mas sabe unir seus
líderes pelo futuro e desenvolvimento de Sergipe", argumentou o
governador, que suspendeu o tratamento de quimioterapia para trabalhar
pela aprovação da carta de crédito.
Os novos recursos permitirão a execução do plano de investimentos
2012-2014, composto por uma ampla carteira de projetos estruturantes nas
mais diversas áreas, como saúde, educação, logística, infraestrutura
produtiva, habitação, saneamento ambiental, urbanismo e mobilidade
urbana. Do total de R$ 1, 435 bilhão disponível para crédito, Sergipe
irá utilizar R$ 727 milhões. Esse montante será distribuído para o
Proinveste e para negociação de empréstimos anteriores (R$ 567 milhões) e
para o financiamento de projetos do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) e do Programa Minha Casa Minha Vida (R$ 160 milhões).
Prazo
Em sua explanação, Marcelo Déda justificou a necessidade da
tramitação urgente do referido projeto no Poder Legislativo. Após sair
da Assembleia Legislativa, o programa ainda precisará passar por mais
duas aprovações em um curto espaço de tempo – no mínimo, três meses –
para, enfim, atender ao prazo limite de contratação, que é 31 de
janeiro. Como diversos outros Estados já saíram na frente, Sergipe corre
o sério risco de perder os investimentos por falta de tempo hábil para a
tramitação. “Não perdemos o prazo, mas a tramitação do projeto dura, em
média, 90 dias, e o prazo final de assinatura do contrato é 31 de
janeiro. Para que tenhamos condição de tramitar nesse prazo,
considerando as festas de fim de ano, precisamos dessa aprovação. Após a
aceitação na Assembleia, o projeto segue para a Secretaria do Tesouro
Nacional, que envia para a Procuradoria Geral da República, para o
Ministério da Fazenda e BNDES. Sergipe não pode ser o único estado do
País a não pegar o empréstimo por fazer política com ódio, porque estão
fazendo oposição ao estado de Sergipe e não a Marcelo Déda”, disse.
Déda lembrou, ainda, que a economia mundial vive um momento de tensão
com a atual crise que assola a Europa e ressaltou os ganhos que
investimentos em rodovias, saneamento, educação, saúde, turismo geram
para a população. “O que vai acontecer com esse estado num período de
crise econômica deixando de injetar na economia mais de R$ 700 milhões?
Quando eu voltar sem o dinheiro para fazer a rodovia que liga Pirambu a
Pacatuba, por exemplo, são R$ 47 milhões que não entram na economia.
Deixamos de contratar uma construtora que irá movimentar os serviços de
cimento, óleo, tratores, vai pagar ISS para os municípios, vai contratar
operários etc. Esse dinheiro vai para as mercearias, onde o trabalhador
de obra vai comprar feijão, vai para as lojas, onde a esposa desse
trabalhador vai comprar um utensílio doméstico. Imagine o prejuízo para a
indústria e para o comércio de um Estado que deixa de receber R$ 700
milhões durante uma crise econômica, além do benefício da obra que é
indiscutível”, alertou.
Com Informações da Agência Sergipe de Notícias
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