O esperado reajuste do servidor público estadual será conhecido na
sexta-feira 20. A proposta será encaminhada aos deputados. O anúncio foi
feito pelo secretário de Estado da Fazenda, Jeferson Passos, durante
audiência na Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa. O auxiliar
do governo apresentou os dados fiscais do primeiro quadrimestre de 2014.
Os números não causaram impacto: são semelhantes ao balancete
apresentado na semana passada quando foram detalhados os dados do último
quadrimestre de 2013.
A receita total do Estado cresceu 7,2% em comparação com o mesmo
período do ano passado (janeiro, fevereiro, março e abril). Jeferson
Passos disse que o Estado contou com uma arrecadação de 2,4 bilhões, uma
diferença de R$ 291 milhões em relação ao primeiro quadrimestre de
2013. Como era esperado, O ICMS e Fundo de Participação dos Estados
(FPE) foram as principais receitas. O ICMS obteve um acréscimo de 4,3%
(sem o IPCA). P FPE cresceu mais: 7,8% (sem o IPCA).
Houve queda na receita expressiva na receita entre os meses de
fevereiro e março, com retomada da arrecadação em abril. A tendência de
sobe e desce na receita, de acordo com o secretário, repete o ano
passado. Segundo, os períodos de maior e menor arrecadação, e de
despesas a mais, costumam constar no planejamento financeiro. Jeferson
Passos disse que no primeiro quadrimestre de 2014 as despesas totais
somaram R$ 2,2 bilhões, contra R$ 2 bilhões no mesmo período do ano
passado, um aumento de 10%.
“Houve neste período um crescimento de recursos oriundos de
transferência de capital, como o aporte de dinheiro para programas, como
o Proinveste”, explicou o secretário, que destacou, entretanto,
equilíbrio nos gastos Entre fevereiro e abril deste ano o Estado vem
mantendo o mesmo patamar de despesas, em torno de R$ 600 milhões
mensais. Os gráficos deste desempenho se agigantam entre novembro e
dezembro com a folha extra do décimo terceiro salário.
Rombo
Atualmente o governo gasta 64% da receita com pessoal e encargos
sociais. Custeios custam 21% da arrecadação. O maior problema, pelos
números apresentados pelo secretário aos deputados, está na Previdência.
Arrecadou R$ 249 milhões com receitas previdenciárias no primeiro
quadrimestre, uma variação de 8,3% em relação ao mesmo período do ano
passado. O governo tem sido obrigado a cobrir o rombo da Previdência,
que este ano deve consumir R$ 750 milhões em aporte. Estimativas para
2015 são ainda piores: a projeção indica um aporte de R$ 1 bilhão para
fechar a folha dos aposentados.
As despesas incomodam. Jeferson Passos disse que houve crescimento de
13,5% no primeiro quadrimestre, em comparação com o primeiro
quadrimestre de 2013. O secretário disse ainda que o Estado está com o
endividamento sob controle. A dívida fiscal líquida, de acordo com o
auxiliar de governo, é de 2,1 bilhões em abril de 2014, contra R$ 2,3
bilhões em dezembro do ano passado, com uma queda de 11,7%. A dívida
consolidada do Estado de Sergipe, de acordo com Passos, é de R$ 3,6
bilhões. O secretário apresentou também números das despesas de pessoal
com os poderes.
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