No próximo dia 07,
sábado, a partir das 8h na Praça General João Pessoa acontecerão dois
enterros simbólicos, do governo Déda e da administração de Luciano
Bispo.
O enterro do governo
Déda foi decidido faz parte do calendário de luta e mobilização dos
professores da rede estadual pela revogação da lei 213/2011 e também do
reajuste do piso de 22,22% para todo o magistério.
Já o enterro da
administração de Luciano Bispo foi motivado pela aprovação no último dia
26 de junho de projeto de lei que dividiu a carreira dos professores
nos moldes da adotada pelo governo estadual.
Além de reajustar em
22,22% somente o salário de 30 professores (aqueles que possuem a
formação em nível médio), a administração municipal de Itabaiana também
reduziu o percentual dos interníveis (progressão vertical) dos
professores com as demais formações (graduação, pós-graduação, mestrado e
doutorado) prejudicando quase 500 professores.
Para os educadores essa é
mais uma manobra da administração no processo de desvalorização da
carreira do magistério. Em 2009 para ajustar a carreira para implantação
do piso salarial os professores fizeram concessões. A diferença entre
os níveis I e II que em 2009 era de 50%, com a aprovação desta lei agora
é somente de 10%.
“Os professores gastaram
dos seus salários para se atualizarem, para ter mais conhecimento e
consequentemente ministrar aulas melhores, mas infelizmente isso não é
reconhecido pelo prefeito Luciano Bispo que desde o início de seu
mandato busca destruir com o magistério itabaianense”, afirma a
coordenadora geral da Sub-Sede Agreste, Rita de Cássia Santos.
Quem votou contra os professores
Apesar de terem
conversado com todos os vereadores e mostrado através de estudos das
folhas de pagamento que era possível o pagamento do reajuste do piso a
todos os educadores sem alteração de carreira, seis vereadores votaram a
favor do projeto do prefeito e contra os professores são eles: Olivier
Chagas, Professora Ivoni, Fabinho do Abrigo, Heleno de Acioli, Francis
de Andrade e Carlinhos da Atlética.
Sem compromisso
É tão flagrante a falta
de compromisso em valorizar o magistério que os estudos feitos pelo
SINTESE nas folhas de pagamento mostram que usando 76% dos recursos do
FUNDEB o reajuste do piso poderia ser pago sem alteração na carreira.
Pelos cálculos da prefeitura seriam utilizados 75% com drásticas
mudanças na carreira.
Sem contar com os
constantes atrasos de salários do Magistério publico municipal de
Itabaiana, o prefeito Luciano Bispo não paga os vencimentos dos
servidores do magistério em dia.
“Nós voltamos da greve
por ordem judicial, sofremos esse golpe, mas mesmo assim nossa luta pela
valorização do magistério itabaianense continua”, reafirma Rita de
Cássia.
Caroline Santos - Sintese
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