quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

“O governo já tomou emprestados R$ 1,5 bi e o que fez com o dinheiro? Você sabe?

Apontado pelo deputado governista Francisco Gualberto (PT) como o responsável indireto pelo veto ao Proinveste, por interesses eleitorais, o senador Eduardo Amorim (PSC) lamentou, na noite desta quarta-feira 5, que o parlamentar petista não tenha entendido a democracia do Poder Legislativo e tente encontrar culpado para os problemas do governo. Eduardo chamou a atenção para o volume de dinheiro que o atual governo já pediu emprestado, inclusive com o aval da mesma Assembleia Legislativa que barrou o empréstimo de R$ 727 milhões, hoje, e assegura não haver coerência com o que este mesmo governo tem apresentado à sociedade – em se tratando de obras e serviços. 

“Não vou entrar nesta de agredir por agredir. É hora de se ter humildade para não ficar procurando pessoas para culpar. Este mesmo governo já tomou emprestado R$ 1,5 bilhão e o que fez com o dinheiro? Você sabe? Por que o governador não sentou com os deputados e mostrou? Fui estudar a dívida do Estado e me assustei. Em 2008, tínhamos um endividamento de R$ 800 milhões. Hoje são R$ 2,5 bilhões. Em três anos. E a garantia para o empréstimo do Proinveste? O servidor concorda? Atinge cinco governos para pagar. Pegar o empréstimo é jogar o problema debaixo do tapete para outros governos pagar. Até 2033”, disse Eduardo Amorim.  

O senador voltou a cobrar do governador Marcelo Déda tentar a liberação de recursos oriundos das chamadas emendas da bancada. O senador afirmou que, nos últimos dias, esteve em quatro ministérios buscando recursos para Sergipe. “É preciso correr atrás destes recursos em Brasília. Hoje mesmo, estive em vários ministérios. Porque o governador não chama a bancada para tentar recursos para Sergipe? A bancada ajuda. Mais de 80% do Congresso é do mesmo grupo. Pedir dinheiro emprestado para pagar o 13º salário? É sempre tomando dinheiro emprestado. Sempre. E lá na frente? Teremos que pagar”, observou o senador, sobre a ida do governador a Brasília no dia de hoje, assegurando que se o Estado fizesse o dever de casa pagaria a folha sem precisaria tomar dinheiro emprestado.

O senador comentou ainda as declarações do deputado Gualberto sobre a aliança que o PT fez com o PSC nas eleições de 2010. “Votei no candidato dele, mas ele diz que não votou em mim. Fui mais um sergipano enganado. Cometi equívocos, mas votei e pedi votos para o candidato dele. Ele mesmo mostrou quem foi que traiu. Acreditei num projeto e não foi nada daquilo que apostamos. Há projeto para Segurança? É normal 25 copos no IML? Para mim, é uma guerra civil. Sergipe é o 6º estado mais violento do Brasil. Não tem projeto de nada. Tem de saúde? Educação? Você conhece? Não podemos nos conformar com os problemas principalmente da saúde e segurança. Mexe com a vida”, observou, assegurando que não teme uma CPI na Saúde para investigar a sua gestão como secretário. A hipótese foi levantada hoje pelo deputado Francisco Gualberto. “Não estou preocupado. Consciência tranquila. Fui secretário e nem pensava em ser político. Sonhei.  Mas teve um momento em que o governador quis mudar”, disse sobre sua saída da pasta antes do fim do governo João Alves.   

Por Joedson Telles - universopolitico.com.br

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