O
senador Eduardo Amorim (PSC-SE) destacou na tarde da terça-feira, 29,
números da educação brasileira. O senador ampliou o debate dos dados
apresentados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), que apresenta um relatório divulgando os investimentos
em educação em 24 países. “O triste, é que o Brasil aparece como a
nação que menos investe na educação: apenas 3,9% do Produto Interno
Bruto, distante da média mundial, que é 6%, vale ressaltar ainda que os
investimentos do nosso país em educação fundamental caem para 2,9% do
PIB”, informou o senador.
Segundo
Amorim, o quadro é ainda mais crítico no Norte e Nordeste brasileiro.
Parte das escolas públicas falta tudo, como, material escolar,
professores e merenda escolar. “O resultado não poderia ser outro,
senão, evasão escolar”, disse Amorim. Quanto aos professores, o senador
argumentou que o magistério é a carreira de nível superior que pior
remunera. “Dados do IBGE apontam que, em média, 60% ganham menos que
outros profissionais com mesmo patamar de formação”, completou.
“Estamos
em um ótimo momento para reavaliarmos nosso sistema educacional e
buscarmos saídas para revertermos esse quadro. Boa parte dos alunos das
escolas públicas brasileiras não suporta mais o sacrifício a que estão
submetidos para estudar, nem tampouco os professores suportam a falta de
condições de trabalho e de um plano de carreira digno”, discursou
Amorim.
Para
o parlamentar, não é por acaso, que os professores de 43 Universidades
Federais Brasileiras estão em greve. “Professores de vários estados e do
Distrito Federal também entraram em greve, basicamente pelo mesmo
motivo que gerou a paralisação dos professores universitários das
instituições públicas de ensino”, disse.
Amorim
lembrou o discurso da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), quando propôs
que o Brasil invista 10% do PIB em educação. “Se quisermos evitar o
‘apagão’ de mão de obra e alcançar os países desenvolvidos no que se
refere à educação pública, precisamos de ações efetivas para reverter
esse quadro”, argumentou Eduardo Amorim.
“O
reflexo dessa falta de investimento recai diretamente no desempenho dos
alunos. Em outro relatório da OCDE, revela um dado pouco animador para o
país, quando continuamos abaixo da média mundial nos pilares
educacionais da leitura, matemática e ciências”, disse. Segundo Amorim,
dentre os 65 países analisados, o Brasil ocupa, apenas, a 50º terceira
posição, atrás de nações como Chile, Colômbia, México e Uruguai.
O
senador finalizou o discurso destacando a greve dos professores
sergipanos. “Esperamos que a greve dos professores sergipanos termine o
quanto antes. Um grupo desses profissionais entrou em greve de fome
desta a última sexta-feira. Os docentes, que estão sem dar aulas há 40
dias, reivindicam a revisão do piso salarial e o reajuste de 22,22%”,
informou Amorim.
Assessoria do Senador
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