O deputado estadual e líder da oposição na Assembleia Legislativa,
Venâncio Fonseca, disse nesta quarta-feira que as fundações de Saúde
enfrentam uma grave crise financeira, que estão falidas. O parlamentar
lamentou ainda em seu discurso que o deputado federal Rogério Carvalho
tenha declarado que Sergipe não pode se tornar numa 'trincheira insana'
por causa do empréstimo do Proinvest e que é preciso evitar a barbárie
no Estado. “E por que ele não evitou a barbárie na área de Saúde? Ele
foi o inventor dessas fundações. Sergipe precisa retomar essas fundações
para si, elas são o sumidouro do dinheiro público, é preciso estancar o
dinheiro público, a corrupção”, declarou.
Venâncio afirmou que o governo não pode demorar em tomar uma atitude
saneadora nas fundações e que o Poder Judiciário, 'com sua vagareza para
julgar determinadas causas', tem culpa na situação. “A OAB entrou na
Justiça com uma ação de inconstitucionalidade (das fundações) e nunca
foi julgada. Até agora a Justiça não julgou e não diz se a lei que criou
as fundações é constitucional ou não. Se tivesse decidido, teria
evitado muitos problemas”.
O parlamentar disse que a oposição na época votou contra a criação das
fundações. “Sempre dissemos aqui que as fundações não eram para agilizar
a Saúde, eram para agilizar o sumidouro do dinheiro público. Rogério
esteve aqui, votou no projeto e depois retornou ao cargo de secretário,
defendeu as fundações e agora vem com o discurso preocupado com o
empréstimo, mas a barbárie na área da Saúde de Déda foi culpa de
Rogério”, comentou Venâncio, ressaltando que a Saúde está na UTI e não
suporta outro candidato.” Agora vão sumir com o prédio”.
“A Saúde de Aracaju começou a falir na administração do PT e agora
estão no Estado inviabilizando o setor. O deputado Rogério Carvalho
criou 'um monstro', como afirma um membro da OAB, e ele não é a pessoa
indicada a aconselhar a oposição. O caos da Saúde foi criado por vossa
excelência e é por isso que estamos querendo discutir esse projeto do
empréstimo”, declarou o líder da oposição, lamentando que no rádio
existe uma polêmica sobre o assunto, mas segundo ele, 'ninguém sabe
quanto o Estado deve'. “Não temos medo de discutir. São 90 milhões em
dívidas nas fundações. O projeto chegou em 12 de setembro, e agora
querem pressa. Não, vamos discutir”, sugeriu.
O deputado estadual Zeca da Silva, em aparte, declarou que não tem nada
contra Sílvio Santos (secretário de Estado da Saúde), mas lembrou que
tem lido matérias na imprensa e que percebe é que a Secretaria de Saúde
está fazendo política. “O que está se propagando é a candidatura do
secretário. Ele disse que ia fazer política pública. Não podemos
suportar outro nome na Saúde fazendo campanha”.
A deputada estadual Goretti Reis afirmou que a questão da Saúde não
está sendo politizada, o que acontece é que há um caos na secretaria.
“Pacientes vítimas de acidentes com motos esperam meses para realizar um
procedimento cirúrgico, na Ortopedia há uma enorme fila de espera.
Vamos solicitar que o Estado se sensibilize e acabe as fundações”,
observou a deputada, que afirmou ainda que as fundações estão
inviabilizando as questões dos servidores. “A maternidade de Lagarto
está há quatro meses sem receber do Estado. Há coisas absurdas. Precisa
uma providência urgente”.
Para a deputada estadual Maria Mendonça, os hospitais estão em situação
de miséria e agora tentam fazer a cabeça da população para jogar o povo
contra os parlamentares. Segundo ela, o Proinvest foi analisado e a
deputada considera grave o conteúdo. “Vai impedir que a máquina funcione
com celeridade e impedirá que o governo dê reajuste aos servidores.
Concedemos hum bilhão em empréstimo e agora pedem mais, sem explicar no
bojo do projeto o que pretende. É um problema sério para o Estado. A
população votou em nós para sermos conscientes e coerentes”, comentou a
deputada, que é favorável a uma CPI para investigar problemas na Saúde.
Com Informações da Agência Alese
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