Uma
comissão formada pelo presidente do Conselho Regional de Medicina de
Sergipe, CREMESE, Dr. Júlio Seabra, pelo diretor clínico do HUSE, Dr.
Marcos Kröger, pelos conselheiros Hider Aragão e Rosa Amélia e pelo
corregedor José Rivaldo compareceram a sala da presidente da Assembleia
Legislativa, deputada Angélica Guimarães, na manhã desta terca-feira,27
para a entrega de um extenso relatório sobre o caos que se encontra a
Saúde pública em Sergipe.
A
comissão foi recebida pela presidente da Casa e pelos deputados Goretti
Reis, Venâncio Fonseca, Pastor Antônio, Gilson Andrade e Maria
Mendonça. Dr. Júlio fez esclarecimentos a respeito do pedido de
intervenção ética protocolado pelos diretores do HUSE e explicou que as
funções que competem ao conselho são de fiscalizar, ser cartorial e
adjudicar. Ele ressaltou ainda que as fiscalizações ocorrem em sigilo e
disse que quem responde por Sergipe é o CREMESE.
Cada
participante descreveu um pouco o caos que se encontra a saúde pública.
O que preocupou ainda mais os parlamentares. Entre as falas: “Falência
de gerencial plena.” “A saúde como um todo pior que o estado de Sergipe,
só o estado de coma. O problema é a falta de vontade política. A CPI é
de extrema importância.” “O HUSES sofreu e muito com as Fundações. Fomos
vítimas de uma brutalidade sem consequência. Não temos a menor condição
de trabalho. Somos tão vítimas quanto à população.” “Não podemos nos
responsabilizar por compras de materiais. Estamos vivendo um genocídio e
isso nos incomoda muito. Aqui somos do partido ‘PS’ Partido da Saúde.
Iremos encaminhar uma denúncia à Organização Panamericana de Saúde e à
Organização Mundial de Saúde (OMS).”
A
deputada estadual, Goretti Reis, autora do requerimento da criação da
CPI da Saúde viu a iniciativa da CREMESE como uma validação para a
criação da CPI. “Não podemos permitir que mais pessoas morram por
descaso com a saúde em nosso estado. Os relatos que ouvimos são
gravíssimos. A falta de dignidade está presente para médicos e
pacientes. O que fizeram com Sergipe? Temos provas documental da má
gestão e de decisões inconsequentes como o fechamento de clínicas e
hospitais que geram a super lotação no HUSE. Não queremos instalar o
pânico, mas essa, infelizmente é a realidade de Sergipe.” , desabafou
Goretti.
Cristina Rochadel, da Assessoria parlamentar
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